Investigados envolvidos supostamente em desvios de recursos do Fundo Nacional da Educação (FNDE) não obtiveram êxito no Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) e agora tentam interromper a investigação no Supremo Tribunal Federal (STF). Os suspeitos são aliados do presidente da Câmara Federal, deputado Arthur Lira. De acordo com especialistas jurídicos, esse tipo de solicitação é geralmente feito quando não há mais argumentos a serem apresentados com base nas provas existentes.
Augusto Aras, procurador-geral da República (PGR), solicitou ao Supremo a suspensão do inquérito conduzido pela Polícia Federal. As informações foram divulgadas pelo colunista Aguirre Talento, do UOL. O motivo desse pedido são as suspeitas de envolvimento do deputado federal Gilvan Máximo (Republicanos-DF) em desvios de recursos do Fundo Nacional da Educação (FNDE). Portanto, na avaliação de Aras, o processo, atualmente em tramitação na primeira instância da Justiça Federal de Alagoas, deveria ser de responsabilidade do STF.
A descoberta desses fatos ocorreu após a PGR ser acionada pela Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, revelando também que os relatórios de diligências relacionados ao deputado já estavam nos autos do processo desde fevereiro. Consequentemente, o pedido foi protocolado na última terça-feira, dia 13.
Na quinta-feira, o ministro Luís Roberto Barroso, relator do pedido no STF, concedeu um prazo de 48 horas para a 2ª Vara Federal de Maceió, responsável pelo caso em primeira instância, fornecer esclarecimentos. A decisão final do ministro será tomada após a resposta ser recebida. Será que Arthur Lira também tem influência na 2ª Vara Federal em Alagoas? Vamos aguardar. Na mesa diretora, ele já mostrou que tem.