Na tarde deste domingo (4), a equipe plantonista do Instituto Médico Legal Estácio de Lima (IML) concluiu o exame cadavérico nos fragmentos da ossada da técnica de enfermagem Maria José Feijo da Silva e declarou que a morte ocorreu em decorrência de politraumatismo. A profissional de saúde estava desaparecida há três meses.
O perito médico legista Fernando Marcelo de Paula foi o responsável pelo exame de necropsia nos restos mortais. Ele explicou que o estado de esqueletização dificultou a realização da análise nos fragmentos recolhidos e entregues ao IML.
“Foi uma necropsia difícil, trabalhosa, por se tratar de despojos humanos em grau muito avançado de decomposição. Mas a morte da vítima deu-se por politraumatismo devido às fraturas percebidas em partes do esqueleto”, explicou Fernando Marcelo.
O médico explicou ainda que devido às condições em que os despojos foram encontrados não deu para definir o tipo do instrumento utilizado na morte da vítima e que a queda na fossa desativada agravou os ferimentos no corpo da técnica de enfermagem.
Outros detalhes não serão divulgados pelo IML para não atrapalhar as investigações. O laudo completo, com todos os detalhes técnicos forenses médico legal, será descrito em um laudo que será encaminhado para a Delegacia de Homicídio e Proteção a Pessoas da Polícia Civil.
Caso
Foi encontrada no bairro do Feitosa, em Maceió, na última sexta-feira (2), a ossada humana da técnica de enfermagem Maria José Feijó da Silva, de 46 anos, que estava desaparecida há três meses . Os restos mortais foram identificados pela Polícia Científica de Alagoas, por meio do Instituto Médico Legal Estácio de Lima (IML de Maceió), no último sábado (3).
A vítima foi identificada com o exame odontolegal, segundo o perito odontolegista responsável pelo caso. Nesse tipo de identificação, é feita a comparação da arcada dentária da vítima com exames e tratamentos feitos em vida por ela em um consultório dentário, apresentados pela família.
A técnica de enfermagem Maria José estava desaparecida desde o dia 13 de março, após sair da casa dela, no conjunto Peixoto, para fazer compras em uma feira da comunidade. Desde então, a família vinha fazendo campanhas para tentar encontrá-la.
Nas últimas semanas, os familiares receberam várias informações de que ela havia sido morta e teve o corpo desovado em uma região de mata no bairro do Feitosa, um local de difícil acesso e de alta periculosidade.