Depois de ter o mandato cassado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) disse na noite de 3ª feira (16.mai.2023) que vozes de eleitores paranaenses foram “caladas” pela decisão, que classificou como “uma vingança sem precedentes”.
“344.917 mil vozes paranaenses e de milhões de brasileiros foram caladas nesta noite com uma única canetada, ao arrepio da lei e da Justiça”, escreveu Dallagnol em post no Twitter.
“Meu sentimento é de indignação com a vingança sem precedentes que está em curso no Brasil contra os agentes da lei que ousaram combater a corrupção”, completou.
O ex-procurado do MP-PR (Ministério Público do Paraná) e deputado federal mais votado no Paraná em 2018 também afirmou que seguirá na luta para “servir a Deus e ao povo brasileiro”.
Na 3ª feira (16.mai), o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) decidiu por unanimidade cassar o registro de candidatura de Dallagnol.
O recurso foi apresentado pela federação Brasil da Esperança (PT-PC do B-PV) no Paraná e pelo PMN (Partido da Mobilização Nacional), mas chegou à Suprema Corte Eleitoral. Os partidos questionaram a ficha limpa do congressista, já que ele responde a processos administrativos.
Os ministros seguiram o voto do relator do caso, ministro Benedito Gonçalves, que considerou que o deputado antecipou sua demissão do cargo de procurador no Paraná para evitar uma punição administrativas do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público), que poderia torná-lo inelegível.
A Corte Eleitoral também decidiu que os 344.917 votos recebidos por Dallagnol em 2018 poderão ser destinados ao seu partido, o Podemos.
A decisão cabe recurso do STF (Supremo Tribunal Federal).