O governador da Flórida, Ron DeSantis, sancionou uma lei nesta segunda-feira proibindo o uso de recursos públicos estaduais em programas de diversidade, equidade e inclusão (DEI) em faculdades do Estado, em uma medida abrangente que também impõe restrições às discussões raciais em sala de aula.
Embora os programas de inclusão sejam destinados a auxiliar na construção de diversidade social e religiosa entre professores universitários e estudantes, o governador e outros críticos conservadores dizem que eles promovem a política de esquerda e semeiam divisões raciais nos campi.
"A DEI é melhor vista como representante da discriminação, exclusão e doutrinação", disse DeSantis na assinatura do projeto de lei no campus do New College of Florida, uma escola pública de artes liberais, na segunda-feira. "E isso não tem lugar em nossas instituições públicas".
A nova lei reflete em grande parte um programa legislativo anunciado por DeSantis em janeiro, e representa mais uma frente na guerra republicana contra uma agenda que muitos conservadores acreditam que a esquerda está tentando impulsionar na educação pública dos EUA.
DeSantis, que deve lançar uma candidatura presidencial no próximo mês, se posicionou como líder nessa luta.
A legislação restringe como gênero e raça são ensinados nos campi, exigindo que tais lições sejam revisadas por administradores universitários para impedir programas que "distorcem eventos históricos significativos" ou ensinam "políticas de identitárias", disse o governador.
Os opositores da legislação incluem muitas instituições de ensino superior, especialistas e defensores da liberdade de expressão, que caracterizaram as iniciativas como um ataque à liberdade acadêmica.
(Reportagem de Rich McKay em Atlanta)