Durante a solenidade de abertura da Plenária Nacional do Plano Plurianual Participativo, realizado na manhã desta sexta-feira (12), em Maceió, o governador Paulo Dantas e os ministros Renan Filho (Transportes), Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) e Márcio Macedo (Secretaria-Geral da Presidência da República) afirmaram a importância dos movimentos sociais para a construção de um PPA forte e realmente ‘participativo’, que atendam os pleitos dos brasileiros, bem como na reconstrução de setores que haviam sido esquecidos pelo governo passado.
Paulo afirmou que o Brasil passou quatro anos de retrocessos e que Alagoas foi o estado que teve o melhor desempenho durante a pandemia, devido aos investimentos realizados pelo Governo do Estado com recursos próprios.
“Depois de quatro anos de completo retrocesso em muitas áreas importantes, como cultura e educação, e com pouquíssimos investimentos em infraestrutura, meu sentimento hoje, aqui, é de gratidão. Estou muito confiante de que nós temos a oportunidade de manter Alagoas com esse mesmo nível de crescimento, com esse mesmo nível de capacidade de investimentos com seus próprios recursos”, destacou o governador.
A ministra Simone Tebet lembrou que o governo passado não planejou e não ouviu a população, de forma que os serviços públicos essenciais não foram entregues. Diante disso, o maior desafio do atual Ministério do Planejamento e Orçamento é mudar a cultura do país.
“O povo não participou do governo passado, não teve os serviços públicos essenciais entregues, porque não havia planejamento. E este é o maior desafio do nosso Ministério. Mudar a cultura do país em planejar. Não teremos condições de colocar o cobertor curto do orçamento abrigando todos os que precisam se não planejarmos. É dinheiro que vai para o ralo, que vai para o desperdício; é dinheiro que vai para políticas públicas consideradas não essenciais", disse.
O ministro Renan Filho afirmou que esse é um novo momento que o país está vivendo e que o Brasil vai voltar a crescer, a ter suas ações voltadas para o povo, para a população mais carente, e que esta é a oportunidade de corrigir erros cometidos nos últimos quatro anos.
“Temos uma grande oportunidade nas mãos de mudar toda a regressão que vivemos nos últimos quatro anos. Alagoas conseguiu superar as crises por conta do ótimo desempenho que tivemos no equilíbrio fiscal, na ampliação da capacidade de investimentos com orçamento próprio e, por isso, o estado possui as melhores rodovias, ampliou o número de hospitais, obteve os melhores índices de educação e iniciou o processo de regularização fundiária dos assentamentos, para que eles passem a ser de direito dos movimentos sociais”, explicou o ministro.
Renan Filho afirmou que vai ao Ministério da Saúde pedir para que a União amplie o financiamento do SUS em Alagoas, onde a porcentagem repassada é a mesma há anos e, atualmente, há uma desproporção em relação ao que Alagoas custeia mensalmente.
“Ministra [Simone] Tebet, nos próximos dias irei ao Ministério da Saúde para buscar equilibrar o financiamento da saúde em Alagoas, porque, onde eu estiver, sempre vou priorizar o meu estado. Atualmente, a Saúde custa R$ 300 milhões por mês, mas os repasses são de apenas R$ 25 milhões. Ampliamos o número de hospitais, o número de UPAs e, com isso, aumentamos a capacidade de atendimento do SUS”, afirmou Renan.
Por fim, Márcio Macedo contou que este é um PPA Participativo que vai ouvir o povo, pois, desde que assumiu, o presidente Lula destacou que o povo deve participar do planejamento dos próximos quatro anos, porque o Governo Federal vai trabalhar para todos.
“O PPA Participativo é a ferramenta que permitirá o diálogo sobre as decisões do governo. Colocaremos as impressões digitais do povo no planejamento. Iremos ouvir as entidades organizadas nos fóruns e plenárias. Estamos viajando o Brasil pra ouvir o povo e é assim que construiremos o planejamento dos próximos quatro anos”, concluiu.
Também participaram da solenidade o vice-governador Ronaldo Lessa; o senador Fernando Farias; os deputados federais Luciano Amaral, Paulão e Rafael Brito; o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Victor; secretários de estado, deputados estaduais, movimentos sociais, prefeitos e vereadores, e demais autoridades.