Exatamente um ano após entrar em funcionamento, o Hospital Metropolitano celebra a marca de dois mil pacientes recuperados de Covid-19. O número foi destacado pelo governador Renan Filho, na manhã deste sábado (15), durante a solenidade de comemoração do primeiro ano de inauguração da unidade.
“A gente se sente feliz e realizado em voltar aqui um ano depois e observar que esse hospital tem salvado muitas vidas – mais de duas mil pessoas deram entrada aqui e saíram com vida. Espero que esse seja o primeiro ano de muitos que o Hospital Metropolitano vai salvar vidas alagoanas”, assinalou o governador.
Com a abertura antecipada em função do novo coronavírus, o equipamento passou a operar de portas fechadas – com os pacientes sendo encaminhados pela Central de Regulação de Leitos – para atendimento exclusivo a contaminados pela Covid-19 justamente no dia anterior ao pico da pandemia no estado. “Algumas coisas na vida acontecem na hora certa. E o Hospital Metropolitano aconteceu na hora que Alagoas mais precisava de um equipamento capaz de oferecer saúde em alta complexidade, no momento em que o Brasil e que o mundo inteiro vivem a maior pandemia do século”, argumentou Renan Filho.
Com cerca de mil profissionais, o Hospital Metropolitano se tornou referência no tratamento dos acometidos pelo vírus ao efetivar protocolos de atendimento humanizado. Como um dos cinco hospitais construídos pelo Governo de Alagoas, o centro médico materializa os investimentos inéditos em saúde pública promovidos pela atual gestão do Executivo estadual.
“A escolha que a gente fez em Alagoas foi pela vida. A melhor resposta que temos para dar são as mais de dez mil vidas salvas no estado. Eu sempre sonhei com o momento da saúde em Alagoas ser respeitada e, mais do que isso, ser referência para todo o Brasil”, destacou o secretário de Estado da Saúde, Alexandre Ayres. “Os profissionais daqui batem no peito com orgulho dizendo que trabalham no Hospital Metropolitano, no Hospital da Mulher, no Hospital Regional do Norte, no Hospital Regional da Mata... Hoje, nós temos orgulho de dizer que somos do SUS alagoano”, defendeu o gestor, visivelmente emocionado.
Nas palavras do secretário, com o fim da pandemia, a ideia é que o Metropolitano se torne um hospital exclusivamente cirúrgico e que funcionará como retaguarda do Hospital Geral do Estado (HGE) e dos outros hospitais da rede. “Quando o hospital deixar de atender só Covid-19, vamos contratar mais profissionais e devemos chegar num número 1.800 e duas mil pessoas”, acrescentou o governador Renan Filho. “Quando a pandemia acabar, esse hospital não vai ser referência só para Alagoas, vai ser referência para o Brasil. Que a gente não deixe isso aqui acabar porque isso aqui é uma vitória do povo alagoano”, complementou Alexandre Ayres.
Com uma política de saúde diferenciada, o estado apresenta hoje o menor número de óbitos por Covid-19 do Nordeste e o terceiro menor do país para cada grupo de 100 mil habitantes. Diferentemente da maioria das unidades da federação, por aqui, a rede hospitalar não colapsou. O próprio Hospital Metropolitano chegou a receber pacientes oriundos de outros estados.
Homenagens
Com direito a hasteamento da bandeira e do hino de Alagoas executado pela banda da Polícia Militar de Alagoas, a cerimônia contou com apresentação do coral Brás Adoração Alagoas e teve exibição de vídeo alusivo ao Hospital Metropolitano, com homenagens aos profissionais de saúde e depoimentos de pacientes que venceram a Covid-19 após tratamento na unidade.
Após entregar duas vans – uma para o Instituto Mama Renascer e outra para a Associação das Famílias de Anjos do Estado de Alagoas (Afaeal) –, o governador Renan Filho descerrou a faixa do painel artístico assinado por Marta Arruda e Lucas Lamenha, que agora ilustra uma das paredes laterais do prédio do centro hospitalar.
Na sequência, médicos, enfermeiras, técnicos, psicólogas, assistentes sociais, auxiliares e agentes administrativos foram agraciados com troféus em reconhecimento aos serviços prestados.
A ocasião foi prestigiada por políticos, como a deputada federal Tereza Nelma e o deputado estadual Galba Novaes, e personalidades arte e da cultura alagoana, como a líder religiosa Mãe Neide, e artesã Mestra Irenéia, do povoado Muquém, de União dos Palmares – ambas foram internadas e se recuperaram no Hospital Metropolitano.