“Ficamos quatro anos no Alvorada, não fizemos nenhuma licitação de enxoval, não tinha toalha, roupas de cama decentes. Usei meus lençóis na minha cama, na de visitas, para não fazer licitação, porque entendi o momento que estávamos vivendo”.
Mentiu. O Portal da Transparência registra duas compras em nome da Presidência da República feitas pelo servidor Maurílio Costa dos Santos, ainda lotado na função de agente administrativo, segundo o jornal O Estado de S. Paulo.
Na primeira, em julho de 2020, a Presidência gastou R$ 14.578,06 em 18 itens, entre eles, jogo de toalhas de banho de fio egípcio, roupas de cama e edredons de solteiro para cama de casal queen e também para cama de casal king, além de toalhas de piscina.
A segunda compra ocorreu em dezembro do mesmo ano, no valor de R$ 20.646,60. Michelle disse o que disse para defender-se de acusações de que o casal Bolsonaro esvaziou o Palácio da Alvorada antes de Lula assumir e ir morar lá.
Com pretensões de candidatar-se em 2026, Michelle propôs a criação da CPI dos Móveis do Alvorada. De acordo com o atual governo, mais de 80 móveis do palácio desapareceram. Em entrevista à CNN Brasil, Michelle rebateu:
“Me acusam de furto, mas o que faltou foi uma transição. Se tivesse tido uma conversa, não haveria dúvidas sobre onde estava e qual o estado do mobiliário do palácio quando nós chegamos”.
A transição foi capenga porque o marido de Michelle tinha interesse que fosse. O estado do mobiliário do palácio quando o casal o abandonou era lastimável. Há vídeos que provam.