A China, principal aliada da Rússia atualmente, se absteve. O Brasil, por outro lado, abandonou a postura neutra que vinha adotando desde o ano passado e votou a favor da resolução.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defende que seja criado um grupo de países para se alcançar a paz no conflito que completa um ano. Ele quer tratar do assunto com o presidente chinês, Xi Jinping, em viagem ao país asiático em março. Lula, no entanto, não defende a política belicista do ocidente e se negou a fornecer ajuda militar para Ucrânia, motivo pelo qual sofreu retaliações da Alemanha.
A votação mostra a situação complicada do chamado ocidente, uma vez que, mesmo diante gigantesca pressão dos países da OTAN e da União Europeia para condenar os russos, 39 países não votaram a favor da condenação à atitude do governo Vladimir Putin.
Kiev e seus aliados esperavam reunir o maior apoio possível no aniversário de um ano da invasão, mas, ao contrário, o apoio à condenação dos russos diminuiu. Os ucranianos e seus aliados esperavam que o texto obtivesse pelo menos os 143 votos reunidos em outubro, com a resolução que condenou as anexações de vários territórios que votaram em plebiscito para fazer parte da Rússia. No entanto, esse número não foi atingido.