Vale explicar que a cepa indiana não é a primeira a receber este tipo de classificação, sendo considerada uma variante de preocupação (VOC – Variant of Concern). Outras variantes como a da África do Sul (B. 1.35) e a do Brasil (P.1) também recebem a mesma classificação, porque podem possuir mutações que conferem aumento de transmissibilidade ou uma maior capacidade de escapar da ligação de anticorpos gerados por uma infecção prévia, por exemplo.
Nas últimas semanas, a Índia se tornou o novo epicentro do coronavírus no mundo, já que registra recordes consecutivos em novos casos e óbitos em decorrência da infecção. Segundo dados levantados pela plataforma da Universidade Johns Hopkins, o país identificou mais de 22,6 milhões de infecções (segundo lugar no ranking global) e mais de 246,1 mil óbitos (terceiro lugar).
A Índia conta com a segunda maior população do mundo, o que pode favorecer o descontrole em que o país se encontra em relação ao coronavírus. Neste cenário, o coronavírus encontra um ambiente propício para a replicação viral e o possível surgimento de novas mutações, como a dupla mutação desta cepa. Diariamente, além de os necrotérios estarem sobrecarregados de trabalho, os hospitais estão lotados e com falta de camas e oxigênio para manter os pacientes vivos.