Um helicóptero no qual viajava o presidente do Irã, Ebrahim Raisi, 63, passou por um incidente neste domingo (19) e precisou fazer um "pouso difícil", de acordo com o Ministério do Interior iraniano. O órgão afirmou que equipes de resgate já estavam a caminho do local, mas que o mau tempo dificultava operações.
"Dada a complexidade da região, estamos com problemas de comunicação, e esperamos que as equipes de resgate cheguem até o helicóptero e nos deem mais informações", disse o ministro do Interior, Ahmad Vahidi, à televisão estatal.
O acidente aconteceu próximo à cidade de Jolfa, a cerca de 600 quilômetros da capital, Teerã, enquanto Raisi viajava pela província do Azerbaijão Oriental, de acordo com a mídia local. A agência de notícias estatal Fars pediu que os iranianos rezem pelo presidente.
Meios oficiais do governo disseram que uma operação em larga escala envolvendo 16 equipes de resgate foi lançada para tentar encontrar o helicóptero, mas que "condições climáticas adversas" e uma neblina pesada complicavam as operações de resgate.
A agência de notícias oficial IRNA afirmou que Raisi estava acompanhado de outros dois helicópteros que carregavam ministros e outras autoridades, e que essas aeronaves teriam chegado com segurança ao seu destino.
De acordo com a Fars, também estavam no helicóptero com Raisi o ministro das Relações Exteriores, Hossein Amirabdollahian, e um líder religioso.
A lei iraniana estipula que, caso o presidente morra, o vice assume o poder e é obrigado a convocar novas eleições no prazo de seis meses. O vice é Mohammad Mokhber, um político conservador.
Ebrahim Raisi, considerado um membro linha-dura da República Islâmica, foi eleito presidente em 2021 com mais de 60% do voto, derrotando o moderado Hassan Rouhani, que buscava a reeleição. Antes de chegar ao poder, Raisi era chefe do Judiciário iraniano e fez uma longa carreira como procurador e juiz.