04/01/2023 às 11h08min - Atualizada em 04/01/2023 às 11h08min
Com MDB em peso, Renan Filho assume Transportes e promete ampliar ferrovias...
Lucas Borges Teixeira
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Ministro Renan Filho assume o Ministério dos Transportes durante evento em Brasília Imagem: Lucas Borges Teixeira/UOL O ex-governador alagoano Renan Filho (MDB) tomou posse hoje no Ministério dos Transportes, desmembrado do Ministério da Infraestrutura, com seu partido —parte do centrão— em peso e presença de Marcelo Sampaio, ministro emérito de Jair Bolsonaro (PL).
Em sua fala, Renan citou desafios da pasta, com 60% das rodovias prejudicadas, e cutucou o ex-presidente. A ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), também compareceu, em um aceno à união do partido para mostrar força no governo.
Veja as principais promessas:
- Revisar os contratos de 15 mil obras;
- Aumentar as parceiras público-privadas;
- Ampliar a malha ferroviária;
- Revisar o Marco Regulatório de Ferrovias; e,
- Apresentar um plano objetivo de cem dias nos próximos 15 dias.
"Nossas estradas são sobrecarregadas, estamos no menor nível de recursos já investidos para esta pasta. Estima-se que demandaria algo em torno de R$ 100 bilhões. Só para ilustrar, essa situação desperdiça 100 bilhões de diesel anualmente, sem falar em gasto com pneus e a perda de vidas".
Renan Filho, ministro dos Transportes.
A cúpula do MDB se reuniu para a posse do primeiro dos três ministros que o partido terá no governo Lula. Estiveram presentes:
Ex-presidente José Sarney;
Governador de Alagoas, Paulo Dantas;
Ministra do Planejamento, Simone Tebet;
Ministro das Cidades, Jader Filho;
Senador Renan Calheiros (AL);
Senador Marcelo Castro (PI);
Deputado Baleia Rossi (SP), presidente do partido;
Deputado Isnaldo Bulhões (AL), líder do partido na Câmara; e,
Ex-senador Romero Jucá (RR).
Representando os petistas, estavam o senador Jaques Wagner (PT-BA) e o presidente do BNDES, Aloízio Mercadante (PT).
Renan fez um discurso duro, criticando a gestão Bolsonaro no setor. "O baixo investimento associado à alta demanda tem resultados claros: buracos logo abertos pouco depois de asfaltados", disse.
Por outro lado, ele elogiou a presença de Sampaio, servidor de carreira e ministro que substituiu o atual governador paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos), que comandou a pasta por 3,5 anos —e aproveitou para cutucar Bolsonaro.
[Sampaio] deixa o cargo de maneira digna, enquanto outros saíram do país para não passar o cargo."