O corpo do empresário alagoano Marcelo Barbosa Leite, de 31 anos, que não resistiu às complicações causadas por um tiro de fuzil, supostamente disparado por um policial militar do 3º Batalhão, e morreu na manhã desta segunda-feira (05), em São Paulo, será sepultado em Arapiraca, no Agreste. A informação foi confirmada ao TNH1 por familiares do empresário na tarde hoje.
De acordo com as informações, havia uma previsão para o velório começar na madrugada desta terça-feira, 06, porém o corpo de Marcelo Leite ainda não foi liberado pelo Instituto Médico Legal de São Paulo (IML), por isso o horário ainda não foi definido. Em mensagem publicada em uma rede social, o pai do empresário agradeceu por todas as orações feitas pela recuperação do filho.
"A todos agradeço por toda oração no sentido de recuperação de meu filho querido. Não foi como desejamos, mas foi como DEUS quis e Ele só quer o melhor para seus filhos. Marcelo foi guerreiro e lutou até onde pode. Tenho muito orgulho de vc meu filho. Peço nessa hora apenas força para aguentar e aceitar junto a minha família essa ausência física. É uma dor inenarrável, lancinante atenuada apenas pela certeza de que estás agora sem dor e sofrimento e na casa de DEUS PAI. Tenho recebido muitos telefonemas e msgs de WhatsApp. Não tenho atendido ou respondido porque estou sem condições de fazê-lo no momento. Mas agradeço demais pelas mensagens de força e carinho. Depois aos poucos vou respondendo nem que seja com uma figurinha. Não tenho palavras para agradecer. Ainda estamos em SP esperando a liberação do corpo. Não temos horário certo de viagem para Alagoas e consequentemente nem do velório e do sepultamento. Mas quando tiver algo definido nos informaremos… Gratidão…Gratidão…Gratidão. DEUS os abençoe", escreveu o pai de Marcelo.
Marcelo Leite estava internado no BP (Beneficência Portuguesa), de São Paulo, um dos maiores e mais avançados complexos hospitalares privados da América Latina, há cinco dias. Segundo a família, a transferência dele para lá foi um esforço para tentar salvar a vida do empresário. Antes de ser transferido para São Paulo, a família do empresário fez vários apelos por doações de sangue e informou que ele sofreu complicações como sangramento interno e choque séptico.
O caso - Marcelo foi vítima de um tiro de fuzil, que teria sido disparado por um policial militar do 3º Batalhão, no município de Arapiraca, Agreste do Estado, na madrugada do último dia 14. Ele foi atingido nas costas após ter sido perseguido ao passar pela AL-220. A polícia chegou a divulgar que o empresário furou uma blitz, não obedecendo ao pedido de parada, e que foi flagrado portando uma arma com numeração de identificação raspada. A versão, no entanto, foi desmentida por familiares de Marcelo, que alegaram que o empresário tinha sido vítima de uma tentativa de homicídio.