09/11/2022 às 13h34min - Atualizada em 09/11/2022 às 13h34min
A saúde do general Augusto Heleno, infelizmente, não vai nada bem
Golpista desde jovem, felizmente seus desejos nem sempre foram satisfeitos
Ricardo Noblat
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Miguel Castello/Imagem cedida ao Metrópoles Infelizmente, não vai bem de saúde o general Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional da presidência da República, que completou 75 anos no dia 29 de outubro, véspera da derrota de Bolsonaro para Lula.
Padece de uma doença que ele e a família escondem, mas que pode explicar os recentes baques que levou. No início de abril passado, à saída de um evento no Salão Nobre do Palácio do Planalto, o general se enroscou em uma corda e foi pesadamente ao chão.
No último dia 3, caiu dentro de sua casa, bateu com o rosto e se feriu, embora sem gravidade. Foi uma “queda sem consequências”, segundo nota do seu ministério, que não inspira maiores cuidados. O general teria voltado a trabalhar “normalmente”.
Antes de cair dessa vez, pressentindo o risco de Bolsonaro não se reeleger, o general, a cinco dias das eleições, divulgou um vídeo onde pedia votos para seu chefe e atacava a campanha de Lula: “Não é possível admitir a quadrilha vermelha de volta”.
Obrigado a engolir a volta de Lula, no domingo dia 6, o general desabafou a um grupo de bolsonaristas enlutados que davam plantão na saída do Palácio da Alvorada:
“Esse negócio do Lula estar doente, não está, infelizmente. Vamos torcer para que tenhamos um futuro melhor. Na mão do cachaceiro, não vai”.
Naquele dia, corria um boato em canais bolsonaristas que Lula havia sido internado no hospital Sírio Libanês, em São Paulo, para tratamento do câncer que tivera na garganta e que reapareceu. Lula e sua mulher, Janja, estavam de férias no litoral da Bahia.
Felizmente, os desejos do general nem sempre se cumprem. Golpista desde jovem, ele era ajudante de ordem do general Sylvio Frota, ministro do Exército, quando Frota tentou derrubar Ernesto Geisel, presidente da República, a quem acusava de ser comunista.
Frota acabou derrubado por Geisel, o quarto general a comandar o país durante a ditadura de 64. Augusto Heleno perdeu a função. Perderá outra vez a partir de 1º de janeiro próximo quando Bolsonaro for embora por decisão soberana dos brasileiros.