O presidente Xi Jinping foi reconduzido, neste domingo (23), para o terceiro mandato como secretário-geral do Partido Comunista Chinês (PCCh).
O cargo de secretário-geral do Partido Comunista é o mais poderoso do país. Desde 1993, o presidente em exercício da legenda também é o presidente da China.
O detentor do cargo ainda é um dos sete membros da Comissão Permanente do Politburo, o órgão mais poderoso do PCCh, responsável por definir políticas e nomear autoridades do governo. O Politburo é composto por 25 pessoas, incluindo a Comissão Permanente.
Os membros do Politburo, incluindo o secretário-geral, são eleitos pelo Comitê Central do partido, composto por 204 membros, de acordo com seu estatuto.
Em 2017, durante o último Congresso, Xi rompeu com a tradição e não nomeou um sucessor ao Comitê Permanente. Por mais de duas décadas, um novo secretário-geral foi nomeado em todos as outras cerimônias, que acontecem a cada cinco anos.
Na ocasião, Xi sinalizou planos para manter um controle firme sobre todos os aspectos do que é considerado uma tríade de poder na China: controle sobre o partido, o Estado e os militares.
A decisão foi vista como uma medida que permitiria o terceiro mandato como chefe de Estado. Ao mesmo tempo, ele manteria o controle do partido – onde está o verdadeiro poder.
Mesmo que não exista limite de mandato para o secretário-geral, a permanência de Xi romperia com o limite de idade informal para o principal cargo do partido.
A regra não escrita determina que os altos funcionários com 68 anos ou mais na época do Congresso se aposentem. Aos 69 anos, o líder chinês desprezaria essa convenção recente permanecendo no poder.
Em março do próximo ano, Xi também deve assumir seu terceiro mandato como presidente da China. Em 2017, a legislatura retirou os limites de mandato para a posição.