Uma mulher de 34 anos foi detida por se recusar a entregar o Título de Eleitor do sobrinho, de 17 anos, que queria votar.
O motivo da confusão: segundo a própria mulher, que falou com a coluna na noite deste domingo, o garoto pretendia votar em Jair Bolsonaro. Ela, eleitora de Lula, não queria deixar porque tinha certeza de que ele havia “vendido” o voto por R$ 10 para um amigo bolsonarista.
Empregada doméstica, Patrícia Lopes guardava consigo o título de Carlos Alexandre Pereira, que mora na casa dela.
Como ela se recusava a entregar o documento do sobrinho, a polícia foi chamada para resolver o imbróglio.
Patrícia acabou levada para a delegacia e teve de assinar um termo circunstanciado. Depois, foi liberada.
À coluna, ela disse que queria “proteger” o adolescente, a quem chamou de “abestalhado”: “Basta dar R$ 10 ou R$ 20 que ele faz qualquer coisa”.
“Com certeza ele recebeu dinheiro desse amigo para votar no Bolsonaro, mas aqui em casa a gente é Lula”, diz ela.
Em sua defesa, Patrícia nega que tenha se recusado a entregar o título de eleitor do sobrinho. Ela sustenta que reteve o documento porque, antes, queria que o pai dele desse o ok. “Não era para tanto, não precisava disso”, lamenta.
Em razão do episódio, a doméstica deverá ser chamada a se explicar à Justiça Eleitoral.
Depois da confusão, Carlos Alexandre saiu de casa. Até a noite deste domingo, não havia voltado. E Patrícia não sabia dizer se ele conseguiu participar ou não da eleição.
Detalhe: para votar, nem era necessário apresentar o título. Bastava apresentar um documento de identidade com foto