SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Em desvantagem nas pesquisas, o presidente Jair Bolsonaro (PL) é visto como o candidato que mais ataca as mulheres e a democracia e o que mais mente na campanha, segundo o Datafolha.
O instituto ouviu no levantamento 2.676 eleitores na quinta (8) e na sexta-feira (9).
Quando os eleitores foram questionados sobre quem mais mente na eleição, 40% disseram Bolsonaro, ante 31% que responderam Lula. Citaram "todos" os candidatos 14%.
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A margem de erro máxima é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
O pior resultado para Bolsonaro foi na pergunta sobre quem mais ataca as mulheres, segmento do eleitorado com menos adesão à sua candidatura.
O candidato à reeleição foi citado por 51% dos entrevistados como o que mais as ataca, enquanto o ex-presidente recebeu 12% das respostas. Não souberam responder 24%. Considerando apenas as mulheres, 54% disseram que Bolsonaro é quem mais as ataca.
Nos eventos de Sete de Setembro, o mandatário voltou a fazer declarações de teor machista e entoou gritos de "imbrochável" para uma plateia de apoiadores, em modo de celebração.
Também nesses atos, voltou a falar em tom de ameaça contra instituições, como ao afirmar: "Esperem uma reeleição para verem se todos vão jogar dentro das quatro linhas da Constituição".
Segundo o Datafolha, para 45% dos eleitores ele é o presidenciável que mais ataca a democracia. Outros 26% consideram que Lula é quem mais a ameaça.
Essa parte da pesquisa é composta por uma sequência de dez perguntas sobre a percepção do eleitor acerca dos presidenciáveis. Os resultados reforçam a tendência de polarização da campanha, com Lula e Bolsonaro sendo os mais citados em todas elas.
Outros nomes desta eleição, como Ciro Gomes (PDT), são pouco mencionados.
Na pesquisa de intenções de voto, Lula lidera com 45%, seguido de Bolsonaro, que tem 34%. Ciro tem 7%, e Simone Tebet (MDB), 5%.
O trabalho foi encomendado pela Folha de S.Paulo e pela TV Globo sob o número BR-07422/2022 no Tribunal Superior Eleitoral e tem margem de erro de 2% em um intervalo de confiança de 95%.