Entre os que recebem algum tipo de benefício federal, Bolsonaro oscilou de 27% para 29%, dentro da margem de erro de 3 pontos. Nesse segmento, Lula tem 52%, mesmo índice da pesquisa de 15 dias atrás. A rejeição a Lula cresceu 3 pontos. A de Bolsonaro, 1.
A aprovação geral ao governo Bolsonaro oscilou para cima, de 29% para 31%. A desaprovação segue em 43%. A essa altura do ano eleitoral, nenhum presidente candidato à reeleição estava atrás nas pesquisas. E todos se reelegeram. Bolsonaro conseguirá?
O reflexo nas pesquisas de benefícios distribuídos pelo governo leva algum tempo para surtir efeito. Em 2020, por exemplo, quando o governo Bolsonaro lançou o Auxílio Emergencial, foram quatro meses até a aprovação do governo superar a desaprovação.
O Auxílio Brasil de R$ 600 para os brasileiros de baixa renda talvez tenha chegado tarde, assim como a redução dos preços dos combustíveis. É fato que caiu de 41 pontos para 32 a vantagem de Lula sobre Bolsonaro entre os que ganham até 1 salário mínimo.
Mas é fato também que há 15 dias, Bolsonaro vencia Lula por 41% a 32% entre os eleitores com renda de 2 a 5 salários mínimos, e agora perde de 39% a 37%. Nas capitais, Bolsonaro passou de 31% para 36% e Lula recuou de 44% para 38%.
Porém, nas periferias (municípios da região metropolitana das capitais), Lula subiu de 44% para 48%, enquanto Bolsonaro caiu de 28% para 25%. Lula aumentou de 11 para 13 pontos a distância para Bolsonaro em cidades do interior do país (45% a 32%).
Jornalista ama novidades. Mas do ponto de vista de intenções de votos, novidades não há desde que Lula, há 4 anos e mesmo preso, derrotava Bolsonaro por 39% a 19%, faltando 46 dias para as eleições realizadas em 7 de outubro. Agora, faltam 32 dias.
E mais de 70% dos eleitores dizem que já definiram seu voto.