Em audiência de custódia realizada nesta quinta-feira, 25, a Justiça alagoana converteu em domiciliar a prisão da cabo da Polícia Militar, Polianna Crespo, presa na Operação Rastro, deflagrada para combater o tráfico de drogas em Maceió. O Poder Judiciário também concedeu liberdade provisória ao esposo dela, Antônio Paulo, detido em flagrante com ecstasy durante o cumprimento do mandado judicial.
O advogado de defesa do casal, Napoleão Júnior, informou à reportagem que Crespo já deve ser levada para a residência ainda nesta quinta, após ter passado a noite no presídio feminino Santa Luzia, no bairro de Cidade Universitária. Antes do encaminhamento ao sistema prisional alagoano, a mulher prestou depoimento à Polícia Civil e negou envolvimento com o crime de tráfico de drogas.
"Foi feita a audiência de custódia e os juízes concederam a prisão domiciliar a ela. Os detalhes do processo não vão poder ser passados, pois correm sob segredo de justiça", destacou o advogado.
Já Antônio Paulo teve a liberdade concedida pela justiça. Por meio do portal eletrônico do Tribunal de Justiça de Alagoas, a reportagem teve acesso à decisão da 2ª Vara Cível e Criminal de Marechal Deodoro que declarou que os requisitos da prisão preventiva não estão presentes nos autos e, por isso, a custódia foi substituída por medidas cautelares.
O marido da cabo, que é ex-prestador de serviço do sistema prisional de Alagoas, deve manter o endereço atualizado e comparecer a todos os atos do processo quando for intimado. O descumprimento das condições vai implicar na decretação da prisão preventiva do mesmo.
O caso - A cabo da PM, Polianna Crespo, foi presa enquanto estava em serviço na manhã de quarta-feira, 24. A policial é lotada no Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) e não ofereceu resistência aos militares do Bope que a encaminharam à sede da Deic, em Santa Amélia, para ser ouvida.
O esposo foi detido dentro de casa por ser flagrado com um "saquinho" de ecstasy, droga sintética que ficou conhecida devido aos seus efeitos eufóricos, durante o cumprimento do mandado contra a esposa. Na ocasião, ele se apresentou como policial penal, porém depois foi confirmado que ele era agente de segurança não concursado.