Interessada na mudança do marco legal do petróleo, que transferiu a renda do pré-sal para acionistas privados da Petrobrás, a Globo foi a principal avalista da Lava Jato, que destruiu as construtoras brasileiras, eliminou 4,4 milhões de empregos e criou as condições políticas para o golpe de estado de 2016 contra a ex-presidente Dilma Rousseff e para a prisão política de Lula, em 2018. O resultado deste processo de destruição nacional foi a ascensão de um governo ilegítimo, de Michel Temer, que efetivamente transferiu a renda do petróleo aos acionistas privados, como a Globo desejava, e de um governo neofascista, de Jair Bolsonaro, em 2018 – o que só ocorreu porque Lula foi impedido, artificialmente, de disputar as eleições.
As consequências deste golpe institucional e midiático foram a volta da fome, a desmoralização internacional do Brasil e um clima de violência política inédito na história do País, que ameaça a própria Globo, uma vez que Jair Bolsonaro indica que não pretende renovar a concessão da emissora e ataca sistematicamente o jornalismo.
Depois de todo este estrago, a Globo, que pariu o fascismo neoliberal no Brasil, recebe hoje o ex-presidente Lula na sabatina do Jornal Nacional. O mais provável é que a emissora cobre do ex-presidente uma autocrítica e não faça a sua própria reflexão sobre qual foi seu papel na destruição da economia, da imagem e da autoestima do Brasil.
Na noite de ontem, Lula, que hoje lidera todas as pesquisas eleitorais e é a esperança dos brasileiros na luta contra o fasicsmo, convocou seus seguidores para a entrevista: