Preso na manhã desta segunda-feira, 22, o prefeito afastado de Rio Largo Gilberto Gonçalves foi encaminhado ao Sistema Prisional no início desta tarde. O gestor é investigado por possíveis crimes de desvio de recursos públicos federais, lavagem de dinheiro e organização criminosa, com recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e Sistema Único de Saúde (SUS).
“Na residência do prefeito não houve arrecadação de material relevante”, informou a assessoria de Comunicação da Polícia Federal em Alagoas, acrescentando que Gonçalves não ofereceu resistência e após ser levado à sede da PF em Alagoas, “preferiu dispor de seu direito constitucional de permanecer calado”.
De acordo com a investigação da PF/AL, teriam ocorrido ilegalidades nas contratações e nos respectivos pagamentos realizados pelo município em favor de duas pessoas jurídicas, para aquisições de materiais de construção, peças e serviços para veículos, que teriam recebido de Rio Largo o valor aproximado de R$ 20.000.000,00.
Operação Beco da Pecúnia
Deflagrada no dia 11 de agosto, a Operação Beco da Pecúnia resultou no afastamento provisório de Gilberto Gonçalves e quatro secretários municipais de seus cargos.
De acordo com a nota divulgada pela PF/AL, foram cumpridos um mandado de busca e apreensão e outro de prisão preventiva.
O nome Beco da Pecúnia é uma referência ao local onde a Polícia Federal flagrou quatro entregas de valores a pessoas vinculadas a Rio Largo, logo após terem sido sacados por duas pessoas ligadas às empresas contratadas pelo Município.