Yuri Livramento dos Santos e Maristela Santos de Souza, dois suspeitos de participação na morte da motorista de aplicativo Amanda Pereira dos Santos, 27, tiveram prisão preventiva decretada pela Justiça alagoana na tarde desta quinta-feira, 18. O casal se apresentou na manhã de hoje no Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp), em Rio Largo, acompanhado de um advogado, e confessou ter ligação com o latrocínio.
"Como detalhado supra, duas circunstâncias aplicam-se perfeitamente à presente casuística, sendo imperiosa a imediata decretação da segregação preventiva dos acusados como garantia da ordem pública merece ser preservada, uma vez que em liberdade os investigados continuarão a exercer atividade criminosa, abalando a paz e harmonia social, podendo ainda desaparecerem com outras provas ou interferir prejudicando no curso da persecução penal", detalha trecho da decisão na 2ª Vara Criminal da Capital.
O juiz Carlos Henrique Pita Duarte considerou também que, além do depoimento de Jackson Vital dos Santos, o suspeito detido anteriormente que admitiu ter estrangulado Amanda, outras pessoas apontaram Yuri e Mary como envolvidos no crime da última segunda-feira.
"Afirmam que Yuri, em conjunto com Mary e outro indivíduo, foi o autor do latrocínio em face da motorista de aplicativo, informando detalhes do crime. Também acosta ao pedido o mapa com a trajetória percorrida pelo veículo da vítima, conforme relatório da empresa de rastreamento em GPS, que condiz com os depoimentos fornecidos", relata o magistrado.
Yuri e Mari foram ao Cisp de Rio Largo com o advogado. A dupla era considerada foragida desde que Jackson Vital dos Santos confessou ter estrangulado a vítima e confirmou a participação do casal no assassinato. Eles prestaram depoimento às autoridades responsáveis pelo inquérito da Polícia Civil.
"Estão arrependidos, choraram muito", diz advogado - O advogado de defesa do casal disse, em entrevista à repórter Maria Maciel, do programa Fique Alerta, da TV Pajuçara/RecordTV, que Mari Estelinha e Yuri disseram estar arrependidos do crime. "Eles disseram que estão profundamente arrependidos e choraram muito", afirmou o advogado. Segundo ele, nenhum dos dois tem passagem pela polícia e nem histórico de envolvimento com drogas.
Anderson Cabral disse ainda que a apresentação espontânea da dupla ao Cisp é uma forma de contribuição com a Justiça. "Eles decidiram se apresentar para evitar captura e para que os direitos constitucionais sejam garantidos. Devem prestar depoimento ao delegado, que está a caminho, para que as medidas necessárias sejam adotadas", falou o advogado.