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11/08/2022 às 20h23min - Atualizada em 11/08/2022 às 20h23min

Operação Beco da Pecúnia: prefeito de Rio Largo e secretários são afastados dos cargos

Redação
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PF na Prefeitura de Rio Largo / Foto: Ascom PF-AL

O prefeito de Rio Largo, Gilberto Gonçalves e quatro secretários municipais foram provisoriamente afastados dos cargos nesta quinta-feira (11), em decorrência da Operação Beco da Pecúnia, realizada pela Polícia Federal. Os secretários afastados são de Educação, Saúde, Finanças e Assistência Social.

A informação foi confirmada por funcionários da própria prefeitura municipal. Quem deve assumir o comando do Município é a vice-prefeita, Cristina Gonçalves, esposa de Gilberto. 

Por determinação judicial, o afastamento cautelar dos agentes públicos dos cargos é pelo prazo de 60 dias. Conforme divulgado pela assessoria de Comunicação da Polícia Federal em Alagoas, eles também estão proibidos de frequentar órgãos públicos do município; manter contatos entre si e de se ausentarem do país. 

Também estão suspensos os contratos firmados entre as pessoas jurídicas e o município de Rio Largo.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de Comunicação da Prefeitura de Rio Largo e foi informada que o Município ainda irá se posicionar sobre o assunto.

A operação Beco da Pecúnia investiga possíveis desvios de recursos públicos federais, lavagem de dinheiro e organização criminosa, praticados em Rio Largo, com recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e do Sistema Único de Saúde (SUS).

As possíveis ilegalidades ocorreram nas contratações e respectivos pagamentos realizados pelo município em favor de duas pessoas jurídicas, para aquisições de materiais de construção, peças e serviços para veículos, que teriam recebido de Rio Largo o valor aproximado de R$ 20 milhões. 

A investigação identificou que, entre 2019 e 2022, foram realizados 245 saques “na boca do caixa” de contas dessas empresas, com o valor individual de R$ 49 mil, logo após terem recebido recursos de contas do município, visando burlar o sistema de controle do Banco Central/COAF, que prevê a obrigatoriedade das instituições bancárias informarem automaticamente transações com valores iguais ou superiores a R$ 50 mil. 

Para executar os desvios e a ocultação da origem ilícita de tais valores, foram utilizados “laranjas”, tanto pessoas físicas, como jurídicas. Foram cumpridos 35 mandados judiciais de busca e apreensão em seis municípios alagoanos (Maceió, Rio Largo, Messias, Paripueira, São Sebastião e Palmeira dos Índios) e um em São Paulo. Além do sequestro de bens móveis e imóveis no valor de R$ 12 milhões. 


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