O presidente Jair Bolsonaro (PL), que se tornou oficialmente candidato à reeleição no domingo (24), corre o risco de punição eleitoral caso faça novos ataques às urnas eletrônicas.
Procuradores eleitorais e ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) afirmaram à coluna do jornalista Valdo Cruz, do portal g1, que a partir de agora o atual chefe do Executivo pode levar multas, perder tempo de TV e até ter o registro da candidatura cassado.
Sem apresentar provas, Bolsonaro tem insistido em declarações mentirosas sobre as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral brasileiro.
Na semana passada, por exemplo, ele reuniu embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada, em Brasília, para propagar suspeitas já desmentidas pelos órgãos oficiais. Além disso, voltou a atacar o processo eleitoral do país.
Na convenção do PL no domingo (24), no Maracanãzinho (RJ), Bolsonaro criticou mais uma vez ministros do STF, chamando-os de “surdos de capa preta”, mas evitou criticar diretamente as urnas eletrônicas.
À coluna do jornalista Valdo Cruz, um ministro do STF avaliou que o presidente já fez um discurso adaptado à nova realidade, agora em que deixou de ser pré-candidato e passou à condição de candidato à reeleição.
Outro ministro afirmou que já esperava que Bolsonaro criticasse o STF durante o evento.