23/07/2022 às 21h22min - Atualizada em 23/07/2022 às 21h22min
Coronel que chefia militares na comissão do TSE silencia sobre urnas
Coronel do Exército, Marcelo Sousa fugiu de perguntas sobre confiança no processo eleitoral; Ministério da Defsa também se calou
Eduardo Barretto
https://www.metropoles.com/
Andre Borges/Esp. Metrópoles Chefe do grupo de militares que fiscalizará a eleição, o coronel Marcelo Nogueira de Sousa não respondeu à coluna se confia no processo eleitoral e se há risco para as eleições. O Ministério da Defesa também não comentou os questionamentos.
Sousa e mais nove militares, das três Forças Armadas, foram escolhidos pelo Ministério da Defesa para integrar a comissão fiscalizadora do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A lista foi enviada ao tribunal há um mês.
No último dia 14, em uma audiência no Senado ao lado do ministro da Defesa, o coronel, mesmo faltando menos de três meses para o pleito, propôs “votação paralela” no dia da eleição, com cédulas de papel.
A coluna fez quatro perguntas ao coronel: – se o grupo confia no processo eleitoral;
– se avalia que as eleições podem ser fraudadas;
– se identificou riscos às eleições;
– como avalia a interlocução do Ministério da Defesa com o TSE.
Sousa fugiu das perguntas e pediu que os questionamentos fossem enviados para o Ministério da Defesa, que tampouco respondeu. Procurado novamente nessa sexta-feira (22/7), o coronel seguiu sem responder às perguntas.
A ofensiva do governo Bolsonaro contra o sistema eleitoral teve novo capítulo na última segunda-feira (22/7). O presidente voltou a espalhar mentiras sobre a urna eletrônica, em um evento com embaixadores no Palácio da Alvorada. O STF, o Congresso e mais de 70 entidades repudiaram os ataques de Jair Bolsonaro.
Mulher com esmalte vermelho simula votação em urna-Metrópoles
Imagem da frente do Tribunal Superior Eleitoral-Metrópoles