Em discurso durante ato em Garanhuns (PE), Lula afirmou que, quando elegeu-se presidente em 2002, desejava que o país tivesse soberania e tivesse capacidade de cuidar de suas fronteiras terrestres e marítimas, de seu espaço aéreo e de suas riquezas minerais e lembrou do papel das Forças Armadas.
"A gente precisava de uma força militar para cuidar disso..., uma força militar de brasileiros nacionalistas que sabem que não há soberania se o povo não tiver emprego, se o povo não tiver comida, se o povo não tiver educação. Se o povo não tiver cidadania, não é possível a gente ter soberania", afirmou o petista.
Bolsonaro, que é ex-capitão do Exército, busca a todo tempo vincular sua imagem à das Forças Armadas e durante seu governo indicou um número sem precedentes de militares em postos-chaves da administração pública até então tradicionalmente ocupados por civis.
Ele também tem tido apoio da cúpula das Forças Armadas nos constantes e infundados questionamentos que faz às urnas eletrônicas e ao sistema eletrônico de votação.
Ao mencionar as afirmações falsas que Bolsonaro faz sobre as urnas eletrônicas, Lula aproveitou para acusar o presidente, que tentará a reeleição em outubro, de ter medo do voto.
"Vocês têm que saber, ele está querendo criar caso, ele está desconfiando da urna, mas no fundo, no fundo, o que ele não quer é que o povo trabalhador deste país vote. O que ele não quer é que vocês votem", disse Lula, que lidera as pesquisas sobre a disputa presidencial.