Claro que não, deve ser viés técnico que escapou à atenção das Forças Armadas nos últimos 26 anos de uso das urnas sem que um único caso de fraude tenha ocorrido.
Curiosa, no mínimo, a fala do general em uma Comissão do Congresso. Ele disse que o protagonista da eleição é o Tribunal Superior Eleitoral como está na Constituição, mas…
E assim, mais tarde, se faria uma conferência para saber se o resultado no eletrônico e no papel fora o mesmo. Se não fosse, algo estaria errado. Simples, não? E barato. Coisa de gênio.
Na verdade, coisa de quem está interessado em desacreditar o voto eletrônico pelo qual o chefe do general se elegeu cinco vezes deputado federal e uma presidente da República, sem reclamar.
A proposta não resiste a uma pergunta: quem poderia garantir que os eleitores escolhidos para votar duas vezes repetiriam o mesmo voto? E se não repetissem de pura sacanagem?
Ex-ministro da Saúde, especialista em logística, o general Eduardo Pazuello notabilizou-se por mandar para o Amazonas uma encomenda de remédios destinadas ao Acre, e por ter afirmado:
“Manda quem pode, obedece quem tem juízo”.
Bolsonaro mandara que ele anunciasse a compra da vacina Coronavac contra a Covid-19, e ele obedeceu. Bolsonaro arrependeu-se e mandou que Pazuello recuasse, e ele obedeceu.
Nogueira é da mesma escola de Pazuello; está ali para fazer o que o seu senhor mandar, e parece não temer o ridículo.