Ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub afirmou, nesta segunda-feira (11/7), ter identificado o homem que, segundo ele, fazia constantes ofensas ao ex-apoiador do titular do Palácio do Planalto até ser bloqueado.
“Esse apoiador do Bolsonaro me atacou pessoalmente, nas redes sociais, repetidamente. Esse ambiente veio para ficar. Não foi um evento isolado”, afirmou durante uma live.
Da mesma forma, o advogado Augusto de Arruda Botelho, pré-candidato a deputado federal em São Paulo pelo PSB – e apoiador do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) –, também reconheceu o assassino como um dos seus ‘haters’ das redes sociais.
“Vejam só! O assassino bolsonarista sugeriu em 2020 que eu deveria ser preso por me manifestar sobre a política armamentista do governo federal. Reparem na agressividade do texto dele”, escreveu.
Veja a publicação:
Entenda o caso
O guarda municipal Marcelo Arruda foi morto a tiros, em Foz do Iguaçu (PR), durante festa de aniversário na noite de sábado (9/7). Ele comemorava 50 anos e escolheu o Partido dos Trabalhadores (PT) como a temática do evento, que reuniu cerca de 40 pessoas.
O autor do crime, o policial penal Jorge José da Rocha Guaranho, teria passado de carro na frente da festa e gritando: “Aqui é Bolsonaro”.
Houve uma breve discussão e o agente penal ameaçou voltar posteriormente. Guaranho, então, por volta das 23h, reapareceu no local com uma arma e atirou em Arruda, que revidou, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Marcelo Arruda, 50 anos, foi candidato a vice-prefeito nas últimas eleições. Era casado, pai de quatro filhos. Era guarda municipal havia 28 anos, diretor do Sindicato dos Servidores Municipais de Foz do Iguaçu (Sismufi), e tesoureiro do diretório municipal do PT. Ao ser atingido, teria revidado com tiro contra o policial penal.