Primeiro, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, disse que a hora não seria a melhor para que fosse criada a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que pretende investigar a roubalheira no Ministério da Educação.
O ano eleitoral, segundo ele, prejudicaria os trabalhos da CPI. Um terço do Senado será renovado, e mesmo os senadores cujos mandatos não chegarem ao fim deixarão Brasília para se ocupar com as eleições nos seus Estados. É fato.
Mas, agora, como o requerimento de criação da CPI foi assinado por 31 senadores, 4 a mais do que o número necessário, Pirilampo passou a falar que, se for o caso, decidirá pela instalação de mais de uma CPI. Os senadores governistas querem a sua.
Pirilampo acende, apaga, acende, apaga. Se o ano eleitoral prejudicaria os trabalhos de uma CPI, por que ele passou a admitir a instalação de duas ao mesmo tempo? Para ficar bem ao mesmo tempo com o governo e a oposição? Coisa da velha política.