Num ato em defesa da cultura, feito numa praça, com a presença dos moradores da cidade, Lula encerrou a viagem em ritmo de música e otimismo sobre sua volta à presidência. Sobre o tema do evento, foi assertivo ao dizer que “um país sem cultura é um país sem soberania”.
“Um país que não tem cultura é um país pobre, triste, que não se manifesta. Porque é através da manifestação cultural que a gente mostra quem a gente é. E Bolsonaro acabou com o Ministério da Cultura, porque a ignorância dele não permite entender isso”, disse.
O ex-presidente e pré-candidato fez críticas à programação da televisão brasileira e anunciou que pretende “transformar a cultura em uma indústria cultural, mas também uma indústria econômica, porque ela pode gerar milhares de empregos”.
Ao chegar no tema da disputa presidencial - “não podemos falar de eleição, mas todo mundo sabe que vai ter eleição", introduziu -, o petista lembrou das críticas de Bolsonaro à urna eletrônica e lembrou que ele sempre se elegeu deputado federal através dela, em todos os mandatos, e depois presidente em 2018. “E agora está se borrando de medo da urna eletrônica”.
“A urna eletrônica é um pretexto. Bolsonaro não está com medo da urna eletrônica, está com medo é da urna humana, que vai votar e tirar ele de lá em outubro. E ele quer melar: ‘ah, só Deus me tira daqui’. A gente aprende desde pequeno que o povo é a voz de Deus. Se o povo é a voz de Deus, é o povo que vai tirar ele de lá do mesmo jeito que colocou”, declarou o ex-presidente.
“E a imprensa fica alimentando. ‘Vai ter golpe, vai ter golpe’. Vai ter um golpe. O povo - homens e mulheres deste país - vão dar um golpe democraticamente e vão derrotar o presidente da República e eleger alguém civilizado, que goste de democracia”, continuou.
Lula disse ainda que, “se ele não quiser entregar a faixa, o próprio povo vai entregar a faixa para o próximo presidente da República”.
Assista sua fala:
ENCERRAMENTO DA VIAGEM AO NORDESTE - ATO DE LULA COM A CULTURA EM SÃO CRISTÓVÃO-SERGIPE