RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O preço da gasolina interrompeu uma sequência de quedas e voltou a subir nos postos brasileiros, fechando a semana, em média, a R$ 7,247 por litro, 0,4% acima do valor verificado pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) na semana anterior.
O combustível vinha de três semanas seguidas de queda, acompanhando o recuo nas cotações do etanol anidro. Nesse período, o valor médio de venda do combustível no país havia caído 1,1%, ou R$ 0,08 por litro.
A alta desta semana engole pouco mais de um terço da queda nas semanas anteriores. Segundo a ANP, o preço médio da gasolina permanece acima de R$ 7 por litro em 23 estados e no Distrito Federal. Apenas São Paulo, Rio Grande do Sul e Amapá têm valores menores.
Beneficiado pelo início da colheita de cana-de-açúcar, o preço do etanol hidratado caiu 1,59% nos postos, segundo a ANP, para R$ 5,002 por litro. Em um mês, o produto acumula queda de 4,2%.
A desaceleração nos preços do combustível já se reflete nos índices de inflação. Em maio, o IPCA subiu 0,47% após três meses de taxas mensais superiores a 1%. Segundo o IBGE, a alta da gasolina passou de 2,48% em abril para 0,92% em maio. Houve ainda queda no etanol (-0,43%).
De acordo com os dados da ANP, o preço médio do diesel ficou praticamente estável esta semana, em R$ 6,886 por litro. Mesma situação foi verificada no preço do gás de cozinha, que fecha a semana vendido, em média, a R$ 112,64 por botijão de 13 quilos.
Nas últimas semanas, o governo iniciou uma ofensiva no Congresso para tentar frear a escalada nos preços dos combustíveis, patrocinando projetos de alteração na cobrança do ICMS e propondo subsidiar a perda de arrecadação dos estados.