Quatro ONGs apresentaram uma denúncia na Suécia contra o presidente sírio, Bashar al Assad, e vários altos funcionários por dois ataques com armas químicas, que ocorreram em 2013 e 2017 e que foram atribuídos ao regime sírio, anunciaram nesta segunda-feira (19).
O Centro Sírio para a Mídia e a Liberdade de Expressão (SCM), o Arquivo Sírio (SA), a Open Society Justice Initiave (OSJI) e os Defensores dos Direitos Civis querem que o regime sírio assuma as consequências legais dos ataques de gás sarin em Ghouta, em 2013, e em Khan Sheikhun em 2017.
Além do presidente sírio, a denúncia abrange também o ministro da Defesa, Ali Abdullah Ayyub, Maher al Asad, irmão do chefe de Estado, entre outros altos funcionários do regime de Damasco.
“O objetivo é levar os responsáveis por esses ataques com armas químicas à justiça”, disse Aida Samani, assessora jurídica da Civil Rights Defenders, à AFP.
"O que esperamos é que (as autoridades suecas) abram uma investigação (...) e prendam os suspeitos destes atos", acrescentou Samani, que lembrou que esta decisão permitiria a emissão de um mandado de prisão europeu para questionar os denunciados no caso de terem viajado para a Europa.
Após o polêmico ataque em Ghouta, o regime se comprometeu a se desfazer de seu arsenal químico, mas um relatório da OSJI e do Arquivo Sírio advertiu no ano passado que Damasco ainda tinha um programa de armas químicas "bastante robusto".
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