O presidente da França, Emmanuel Macron, faz seu primeiro discurso, neste domingo (24), no Campo de Marte, em frente à Torre Eiffel, em Paris, após projeção que aponta sua vitória nas eleições do país.
Segundo estimativa inicial do Instituto Ipsos, Macron teria conseguido 58,2% dos votos contra 41,8% de Marine Le Pen, da extrema-direita.
“Nós temos de ter uma ambição, nós temos muito a fazer. A guerra na Ucrânia nos lembrou das consequências trágicas e que a França precisa erguer sua voz e mostrar suas escolhas de forma mais clara, em todas as demandas, e nós faremos isso”, afirmou Macron.
Nós também temos que estar muito vigilantes, ter respeito, porque esse é um tempo de grande dúvida e divisão. Portanto, temos de ser fortes, mas ninguém será deixado de fora.
Segundo Macron, seu novo governo não será uma continuidade dos últimos cinco, mas um esforço coletivo para remodelar o governo a serviço da juventude francesa.
“Cada um de nós terá uma responsabilidade. Cada um de nós terá de estar comprometido. Porque todos nós somos importantes e vamos além de nós mesmos. É isso que faz o povo francês.”
Nascido na cidade de Amiens, no interior da França, o atual presidente cursou Filosofia e formou-se em 2004 na Escola Nacional de Administração (ENA). Trabalhou por quatro anos na Inspetoria Geral de Finanças (IGF), antes de ingressar no setor bancário.
Entre 2012 e 2014, atuou como Secretário-Geral Adjunto da Presidência da República. De 2014 a 2016 foi ministro da Economia, Indústria e Digital.
Ainda jovem, aos 16 anos, se apaixonou por Brigitte Trogneux – sua então professora de teatro, 24 anos mais velha. Apesar das controvérsias familiares e sociais geradas pelo romance improvável, Macron e Brigitte estão juntos desde então.
“Minha base, meu refúgio. Nossos filhos e enteados, e nossos sete netos”, diz o presidente sobre a família no site oficial do governo.
Em seu primeiro mandato, assim como para todos os líderes mundiais nos últimos dois anos, a pandemia da Covid-19 foi um dos principais desafios de Emmanuel Macron. Entre idas e vindas de lockdowns, medidas sanitárias, exigências de máscara e implementação da campanha de vacinação, o presidente enfrentou a ira da oposição.
Antes da crise sanitária, ainda no início do mandato, uma onda de protestos invadiu a França. O movimento dos “coletes amarelos” levou milhares de pessoas às ruas, engatilhado por uma medida de Macron que aumentou o preço do diesel, no fim de 2018.
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