BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Os deputados Daniel Silveira (PL-RJ) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP) foram barrados no STF (Supremo Tribunal Federal), nesta quarta-feira (20).
Por volta das 14h, os dois parlamentares tentaram acessar o plenário da corte para acompanhar o julgamento da ação penal que tem Silveira como réu.
Uma resolução sobre o funcionamento do tribunal durante a pandemia da Covid-19 autoriza a permanência apenas dos advogados das partes. Silveira e Eduardo estavam sem máscara de proteção facial.
"Só no Brasil o réu é proibido de acompanhar o seu próprio julgamento. Isso não fere o direito à ampla defesa?", publicou o filho do presidente Jair Bolsonaro (PL) em uma rede social.
As sessões do plenário começam geralmente por volta das 14h30, mas a desta quarta começou às 15h25. Houve problema para comprovar a imunização de um dos advogados de Silveira.
O processo contra o deputado fluminense é desdobramento dos chamados atos antidemocráticos, inquérito que colocou sob a mira do tribunal alguns dos principais aliados do mandatário. Há uma expectativa de condenação, mas há risco de adiamento.
Silveira foi denunciado pela PGR (Procuradoria-Geral da República) sob a acusação de ameaçar integrantes da corte em redes sociais. Ele elegeu como alvo preferencial o ministro Alexandre de Moraes, relator de apurações que desagradam ao bolsonarismo.