No final de janeiro, a grande onda de Covid-19 causada pela variante ômicron começou a diminuir rapidamente, mas agora os casos estão aumentando novamente. Essa segunda onda está sendo causada por uma subvariante da ômicron de disseminação ainda mais rápida. Unindo isso ao fato de que alguns países estão abandonando medidas para conter o vírus, como o uso de máscaras, os pontos de pressão da pandemia começaram a mudar.
Alguns países que perderam muitas vidas no início e, portanto, tiveram um forte incentivo na vacinação, como a Inglaterra, agora optaram por suspender restrições, supondo que as vacinas manterão os índices de hospitalizações e mortes baixos à medida que o número de casos aumenta.
Isso contrasta com regiões que evitaram com sucesso um alto número de mortes no início da pandemia. Por exemplo, Austrália, Nova Zelândia, China continental e Hong Kong mantiveram o vírus sob controle com realização de testes e medidas de quarentena.
Mas, mesmo assim, o aumento da transmissibilidade de variantes recentes permitiu que o vírus se espalhasse nesses países. Neste ponto, está claro que as autoridades de saúde pública nessas regiões devem reorientar os esforços na vacinação.
Isso apresenta alguns problemas, porque nem todas as vacinas são iguais. A China, por exemplo, tem usado suas próprias vacinas, que são menos eficazes na prevenção de infecções do que as vacinas de mRNA usadas por muitas outras nações. Em segundo lugar, o acesso à vacina ainda é muito desigual. Dezenas de países ainda têm menos de 10% de sua população vacinada.
Como essa onda se desenvolverá nessas nações dependerá de vários fatores, mas a situação nos lembra o que sabemos com certeza: que essa onda não será a última. Além disso, não podemos esperar para lidar com a pandemia em um canto do globo e não ver repercussões em outros lugares. Em última análise, a única maneira de evitar novas variantes é impedir a propagação do vírus.