Que o inexpressivo senador Rodrigo Cunha e o ex-prefeito de Maceió Rui Palmeira sempre tiveram o “nariz torcido um contra o outro”, isso nunca foi segredo. Porém, ninguém esperava que Cunha, o parlamentar que banca de bom moço em frente aos eleitores, estaria tramando mais um grande golpe contra Palmeira. Tudo para se eleger governador de Alagoas.
Antes de declarar irreversível a candidatura ao governo, Rodrigo Cunha procurou Rodrigo Pacheco para tentar se filiar ao PSD para impedir a candidatura de Rui Palmeira que já o ultrapassa nas pesquisas. Gilberto Kassab, ao saber do fato, achou sorrateira e ridícula a atitude do senador, que vem armando uma armadilha pouco antes do prazo da filiação partidária.
Com medo de ser esquecido pelo partido e ter que cumprir o mandato de senador, Cunha começou a jogar baixo. Ele considerou que, se fosse para o PSD, teria amplo apoio, limando Palmeira conseguindo os votos dos eleitores do prefeito JHC e do deputado federal Arthur Lira, possíveis aliados.
Mas, ambos acham que Cunha não tem carisma e nem público para uma majoritária: o raio não cai duas vezes no mesmo lugar. Tudo por causa de seu desempenho pífio no Senado Federal. Agora, o que sobrou para o senador foi tentar congelar partidos para eliminar adversários.
Muitos consideram Rodrigo Cunha uma página virada na política alagoana. Tereza Nelma e Rui Palmeira já tiveram dissabores com Cunha dentro do PSDB, hoje um partido nanico. Hoje, sobra para Cunha viver do passado trágico de sua família, usando o assassinato de Ceci Cunha, a própria mãe, como autopromoção.