A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Alagoas negou nesta quarta-feira, 16, mais um pedido de liberdade para os cinco policiais militares presos acusados de matar o pedreiro Jonas Seixas. Os militares estão presos desde março de 2021, sob acusação de sequestro, tortura, morte e ocultação de cadáver.
Em decisão unânime, os desembargadores mantiveram as prisões de Fabiano Pituba Pereira, Filipe Nunes da Silva, Jardson Chaves Costa, João Victor Carminha Martins de Almeida e Tiago de Asevedo Lima. Em outubro do ano passado, o juiz Ewerton Luiz Chaves Carminati, da 7ª Vara Criminal da Capital, já havia rejeitado pedido semelhante. Na ocasião, o magistrado ressaltou que a materialidade do delito está suficientemente demonstrada pelos relatos das testemunhas e que a prisão preventiva dos acusados é a medida para garantir a ordem pública, uma vez que “os acusados são agentes públicos, que andam munidos com armamentos fornecidos pelo Estado e, por isso, podem, eventualmente, coagir testemunhas e declarantes, mediante violência ou grave ameaça, colocando em risco a instrução processual”.
Jonas Seixas desapareceu em 09 de outubro de 2020 após uma abordagem feita por policiais militares, na Grota do Cigano, no bairro do Jacintinho. O pedreiro foi visto pela última vez entrando em uma viatura da Polícia Militar.