Lula e Jair Bolsonaro (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Adriano Machado/Reuters)
Com índices muito altos de reprovação e perdendo para o ex-presidente Lula (PT) em todas as pesquisas eleitorais, no primeiro e segundo turno, Jair Bolsonaro (PL), fez um aceno à sua base aliada nesta segunda-feira (7) na tentativa de resgatar eleitores reacionários que o levaram à Presidência da República em 2018.
Em conversa com apoiadores, Bolsonaro disse que Lula recolherá armas de caçadores, atiradores e colecionadores caso volte a presidir o país.
Além de novamente defender o armamento, Bolsonaro insultou Lula, a quem se referiu como "picaretão". "Ontem, por coincidência andando de moto, na pista tinha um clube de tiro, entrei, atirei com o pessoal etc. Tinham três alvos, um vermelho, por coincidência eu botei no vermelho. São 600 mil CACs no Brasil. (...) O picaretão está dizendo que se for presidente vai recolher as armas”.
Em fevereiro de 2021, Lula disse à TV 247 que o objetivo de Bolsonaro com o armamento do povo é assassinar populações marginalizadas. "Nós aprovamos o Estatuto do Desarmamento. Veja a diferença entre eu e o Bolsonaro. Ele não quer dar arma para o favelado nem para o trabalhador, ele quer dar arma para os milicianos, para os fazendeiros. Ele quer dar arma para as pessoas atirarem em sem terras, em quilombolas, para matarem Marielle. Podem saber, se o PT voltar no governo, a gente vai fazer com que as pessoas devolvam essas armas. Vamos desarmar esse país. Quem tem que ter armas são as Forças Armadas e as Polícias Militares".