A Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB-AL) acionou a Corregedoria da Polícia Militar (PM) para cobrar providências acerca das denúncias de abordagens truculentas. Somente em 2022 foram registradas cinco acusações de supostos abusos praticados por policiais e uma morte em confronto.
Além de acionar a Corregedoria da PM, foram encaminhados ofícios com Termos de Declarações das vítimas das abordagens para o Ministério Público Estadual (MPE) e para o Delegado-Geral da Polícia Civil, solicitando o acompanhamento dos casos.
O advogado Roberto Moura, presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB, avalia as denúncias como graves. Segundo ele, todos os casos serão apurados. “Os representantes da Corregedoria da PM se comprometeram a instaurar os procedimentos cabíveis, buscando a apuração dos ocorridos, punindo aqueles que cometeram qualquer infração”, explica.
Moura acrescenta que a OAB vai acompanhar as vítimas para evitar que elas sofram qualquer tipo de pressão ou represália durante a investigação. “Recebemos informações de que equipes policiais estariam rondando a região em que os denunciantes residem e entendemos isso como algo muito grave. Estaremos vigilantes”, observou.
Entre as denúncias de abordagem truculenta está o caso de um gari baleado na Vila Emater. Os familiares da vítima informaram que a vítima chegava à comunidade quando foi baleada por policiais militares, que não teriam oferecido socorro. Além das denúncias de truculência, houve o registro de uma morte durante operação da polícia na cidade de Penedo.