O ex-presidente Lula, durante a entrevista coletiva à mídia independente, nesta quarta-feira (19), falou sobre a importância do espírito fraterno do povo brasileiro para reconstruir o País, quando questionado pelo editor do Brasil 247 e da TV 247 Mauro Lopes.
Em relação à composição de alianças e federação partidária, assim como concessões nos estados, Lula respondeu: " O PT não está fechado em suas candidaturas. O PT interesse em que o PSB tenha direitos. Como o PT também tem direitos. Precisa apenas afinar a viola. A Gleisi está conversando, e vai conversar com o presidente do PSB. Eu ia conversar com o Kassab essa semana, mas o Kassab está com Covid-19. Se tem uma coisa que eu gosto de fazer é conversar. E você sabe que de uma boa conversa, sempre sai uma boa coisa", disse.
Lula afirmou que a reconstrução nacional passa principalmente pela reconstrução do espírito de fraternidade.
"É possível a gente fazer isso, numa perspectiva de reconstruir uma coisa que o povo brasileiro tem demais, que é o afeto, que é uma coisa fraterna, solidária, ninguém precisa ficar brigando com ninguém. Ninguém precisa ter medo porque o Lula não é de perseguir ninguém. Eu não vou fazer com eles o que eles fizeram comigo, porque o meu compromisso é fazer para o povo, não é fazer nada contra os outros", disse.
"Eu quero fazer as coisas para o povo. Se, ao terminar o mandato, eu sendo candidato e ganhando as eleições, e o povo tiver trabalhando mais, ganhando mais, comendo mais e estudando mais, o que eu quero? Morrer e ocupar meu espaço no céu, eu tenho o direito".
"É assim que eu quero levar esse país. Esse país precisa de muita solidariedade, muito amor, muito carinho, muita alegria, e é isso que vamos construir", completou.
No final, Lula agradeceu à mídia independente:
"Eu quero mais uma vez agradecer a vocês, mas vocês não têm noção, Nassif [Luis], como vocês foram importantes para mim quando eu estava preso. Eu recebia um pen drive de vocês, e nunca vi tanto vocês como eu vi na cadeia", disse.
Lula foi preso injustamente pela Operação Lava Jato, executada pelo ex-juiz suspeito Sergio Moro, que destruiu milhões de empregos e gerou prejuízos inestimáveis à economia nacional, elegendo o atual chefe de governo, Jair Bolsonaro.