Homem com máscara caminha em frente à Casa da Ópera de Sydney; Austrália registra crescimento dos casos de Covid-19 REUTERS/Loren ElliottA Austrália sofreu seu dia mais mortal da pandemia nesta terça-feira (18), com um surto de Ômicron em rápida evolução continuando a elevar as taxas de hospitalização para níveis recordes, mesmo com as infecções diárias diminuindo ligeiramente.
Foram registradas 77 mortes, superando o recorde nacional anterior de 57 na última quinta-feira (13), segundo dados do Ministéiro da Saúde australiano.
“Hoje é um dia muito difícil para o nosso estado”, disse o primeiro-ministro de Nova Gales do Sul, Dominic Perrottet, durante coletiva de imprensa. O estado contabilizou 36 novas mortes pela doença, um novo recorde da pandemia.
Apenas quatro dos que morreram no estado receberam a dose de reforço, levando as autoridades de saúde a pedir às pessoas que evitem atrasos e recebam sua terceira dose assim que possível.
O aumento no número de casos atingiu a confiança do consumidor na semana passada, sufocando os gastos, e os estados procuram evitar lockdowns e manter os negócios abertos.
A Omicron também prejudicou os índices de aprovação do primeiro-ministro Scott Morrison, de acordo com uma pesquisa divulgada nesta terça (18), colocando a oposição trabalhista em uma posição de liderança meses antes de uma eleição federal.
Em meio ao aumento das hospitalizações, Victoria declarou um “código marrom” nos hospitais, geralmente reservado para emergências de curto prazo, que dá às unidades de saúde o poder de cancelar serviços de saúde não urgentes e licenças de funcionários.
Para ajudar os hospitais públicos a lidar com a situação, o governo federal ativou um plano para que hospitais privados forneçam até 57.000 enfermeiros e mais de 100.000 funcionários para áreas afetadas em todo o país, disse o ministro da Saúde, Greg Hunt.
Cerca de 73.000 novas infecções foram relatadas na terça (18), abaixo da alta de 150.000 na semana passada. Até agora, a Austrália registrou cerca de 1,6 milhão de casos desde o início da pandemia, das quais cerca de 1,3 milhão nas últimas duas semanas. O total de mortes é de 2.776.
