O estudo descreve a trifalia como "uma anomalia congênita urogenital extremamente rara". Até então, só se tinha conhecimento de casos de difalia, ou seja, duplicação do pênis. Segundo o estudo, a difalia afeta uma em cada seis milhões de pessoas.
A criança, que nasceu em Duhok, no Iraque, foi levada para os cirurgiões aos 3 meses de idade, depois que os pais notaram inchaço no saco escrotal, ao lado de protuberâncias que se assemelhavam a pequenos pênis. Os especialistas realizaram um exame que percebeu uma bolsa com retenção de líquido ao redor do testículo (hidrocele) e dois pênis extras: um se estendia da raiz do pênis original e tinha uma glande, enquanto o outro se projetava abaixo do saco escrotal.
Depois que os pais consultaram vários especialistas em saúde, a criança foi submetida a uma cirurgia para remover a hidrocele e os dois pênis extras. A cirurgia para a difalia (ou, nesse cas o mais raro ainda, a trifalia) requer cirurgiões especializados, considerando que cada caso é diferente e pode exigir até mesmo a reconstrução da uretra.
De qualquer forma, os pesquisadores relatam no artigo que a cirurgia foi um sucesso e a criança não apresentou efeitos adversos após um ano de acompanhamento. A equipe médica responsável pela criança com trifalia solicitou acompanhamento assim que a criança atingir a puberdade.
A difalia pode ser uma condição genética, mas as evidências também sugerem que drogas e infecções durante a gravidez também podem desencadeá-la. Além disso, a difalia está associada a outros problemas congênitos que precisam de atenção, incluindo problemas no sistema digestivo e no trato urinário, por exemplo.
Fonte: Canaltech