A polícia identificou os familiares da mulher e da criança que morreram carbonizadas dentro de um veículo Logan, no início da tarde desta quinta-feira, 23, em um acidente na Avenida Jorge Montenegro de Barros, em Santa Amélia, após uma Ducato bater em um poste e derrubar a fiação, provocando o incêndio. As vítimas eram a avó, a professora aposentada Maria de Lourdes Bezerra Nunes Marques, de 53 anos, e o neto dela, identificado como Rafael, de 4 anos.
De acordo com o chefe de operações da Delegacia de Acidentes, Denilson Ferreira, Maria de Lourdes havia acabado de pegar a criança na creche e parou em um restaurante para comprar almoço. A criança ficou dentro do veículo. "Foi neste momento que a Ducato bateu no poste e provocou o efeito cascata nos fios, que caíram em cima de dois veículos, ente eles o de Maria de Lourdes", contou Denilson Ferreira.
Ao ouvir o barulho de colisão, Maria de Lourdes correu para dentro do veículo e entrou pelo lado do motorista. De acordo com informações de testemunhas, a criança gritava pela avó e pedia socorro. Um fio estava caído justamente ao lado da porta em que ela estava. Maria de Lourdes ainda foi orientada a permanecer dentro do carro, mas, de maneira instintiva, saiu pela porta do carona e tentou abrir a porta traseira para tirar o neto do veículo. Foi quando ela recebeu a descarga elétrica e seu corpo entrou em combustão, o que provocou o incêndio no veículo e a morte da criança.
Foi por meio da identificação do veículo que a polícia conseguiu localizar a famíla das vítimas. "Nós ficamos preocupados porque nenhum familiar apareceu no local. O carro estava registrado no nome da filha dela, localizamos o endereço no Conjunto Medeiros Neto e fomos dar a notícia. Imagina que situação, nunca havia passado por isso, ter que dar uma notícia trágica assim, foi muito triste", conta Denilson.
Segundo ele, a filha de Maria de Lourdes já sabia do acidente, mas jamais imaginaria que se tratava da mãe dela e do sobrinho. De lá, a polícia seguiu para casa de Maria de Lourdes, que morava no Conjuto Osman Loureiro, no Tabuleiro, onde familiares e vizinhos aguardavam.