Segundo apuração do TNH1, 17 viaturas da Polícia Militar estão no local, dentre elas, equipes do BPTran, do Bope e da Rotam. Militares do Corpo de Bombeiros e agentes da SMTT também se encontram presentes.
De acordo com um manifestante que pediu para não ser identificado, o protesto é contra uma operação da PM, no Vale do Reginaldo, que teria culminado com a morte de dois jovens.
"Os meninos estavam brincando, chegou a polícia sem respeitar nenhum morador, ninguém aqui do bairro. Toda vez que a polícia chega aqui na nossa comunidade é assim, é atirando para tudo que é lado, não respeito o povo, as crianças, mulheres grávidas. Pegaram os meninos vivos, desceram com os meninos vivos... Levaram o Manoel, Moacir, Leandro. Desceram com os meninos vivos e, de repente, disseram que os meninos estavam no HGE. Como é que os meninos estavam vivos e de repente apareceram mortos? Que todo mundo viu? Queremos Justiça sobre isso e resposta. Se os meninos saíram vivos, era para estarem na delegacia presos, não mortos no HGE", disse o manifestante.
A reportagem do TNH1 apurou que populares denunciam que os jovens estavam bebendo em um bar da região na última sexta-feira, 10, por volta das 23h, quando policiais militares da Rotam chegaram ao local com truculência e levaram os quatro. Eles foram identificados como Moacir, Leandro, Manoel e Pedro. Segundo os moradores, os jovens Moacir e Leandro, ambos de 18 anos, foram levados vivos e depois apareceram mortos no HGE. A PM teria dito, segundo os moradores, que a dupla foi morta por Manoel e Pedro, que estão presos, só que os moradores contestam a versão e afirmam que todos os quatro eram amigos.
O TNH1 tentou ouvir policiais que estão no local, mas nenhum deles quis falar. A reportagem está tentando contato com a Polícia Militar para saber mais detalhes sobre a denúncia feita pelos manifestantes e também com o Gerenciamento de Crises da corporação.
"Não vamos liberar a pista, só vamos liberar para o secretário (Alfredo Gaspar), queremos uma resposta. Vamos esperar, só vamos liberar quando o secretário vier. A polícia em vez de defender a população, vem para matar", disse uma familiar de um dos jovens.
Após reunião entre representantes do Centro de Gerenciamento de Crises da PM e lideranças da comunidade, os manifestantes decidiram liberar a via, por volta das 18h30. A reportagem do TNH1 entrou em contato com assessoria de comunicação da PM e aguarda o posicionamento da corporação para incluir na matéria.
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