Nesta sexta (12), o ministro da Saúde alemão, Jens Spahn, anunciou que o país deve fazer "todo o necessário" para conter a quarta onda de covid-19. "A situação é séria e recomendo que todos a considerem assim", anunciou. Ele e o chefe do Instituto de vigilância sanitária Robert Koch (RKI), Lothar Wieler, alertaram que os leitos de UTI já enfrentam superlotação. Os estados da Saxônia, Turíngia e Baviera são atualmente os mais afetados pela quarta onda de infecções.
Christian Drosten, um dos virologistas mais renomados da Alemanha, chegou a fazer uma estimativa de que cerca de 100 mil pessoas podem morrer no país se não forem tomadas medidas para impedir a quarta onda. Ele descreveu a situação como uma verdadeira emergência.
Olaf Scholz, atual vice-chanceler, afirmou na quinta-feira (11) que o país precisa aplicar maiores restrições para conter o aumento dos casos. "Mesmo que a situação seja diferente do inverno passado, porque muitas pessoas foram vacinadas, ainda não é boa, especialmente porque até agora bastante gente optou por não se vacinar", apontou.
De acordo com o Our World in Data, da Universidade de Oxford, a taxa de vacinação na Alemanha está relativamente baixa: apenas 67% da população tomou as duas doses. É pouco, diante de outros países europeus, como Portugal (88%), Espanha (80%), Irlanda (75%), Bélgica (74%) e Itália (72%). E a grande questão é que a pouca vacinação se deve à rejeição por parte do público, e não por falta de doses. Quase 18 milhões de alemães com 12 anos ou mais ainda não foram totalmente vacinados, de acordo com o ministério da saúde local.
Fonte: Canaltech