O presidente Jair Bolsonaro comentou nesta quinta-feira fala do arcebispo de Aparecida, dom Orlando Brandes, que em sermão no feriado de Nossa Senhora Aparecida defendeu uma pátria sem armas, e disse que carros, médicos e militares também matam, , assim como armamentos,
"Arma mata? Mata. Carro também mata. O médico também pode matar. O militar também pode matar. Isso acontece. Agora, uma arma não mão de uma pessoa errada, um militar ou um médico mal formado, mata", disse o presidente na live semanal transmitida pelas redes sociais.
Na terça-feira, em uma das cerimônias religiosas por ocasião do Dia de Nossa Senhora Aparecida, o arcebispo Brandes defendeu que seja construída uma pátria sem armas, ódio, fake news ou corrupção. O religioso fez referência ao slogan oficial da gestão de Jair Bolsonaro, "Pátria Amada Brasil".
"Porque hoje é o Dia da Criança. Vamos abraçar nossos pobres e abraçamos também nossas autoridades para que, juntos, construamos então um Brasil 'Pátria Amada'. E para ser pátria amada, não pode ser pátria armada", disse Brandes, na celebração religiosa.
Bolsonaro não estava presente na ocasião, mas depois, no mesmo dia, chegou a participar de missa celebrada pelo arcebispo no mesmo local.
"Na missa que eu estava lá presente ele não falou isso daí. Se ele quisesse falar poderia, é um direito dele falar, é um direito dele ser desarmamentista", opinou o presidente na transmissão ao vivo.
"Eu só queria que ele respondesse: o que usa um segurança do papa? Só isso, mais nada. Usam flores, usa o que? Ou usa armamento pesado?", questionou Bolsonaro, que tem o armamentismo como uma de suas principais bandeiras.