BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente Jair Bolsonaro é citado diretamente, mas não nominalmente, na petição do Ministério Público do Rio de Janeiro para quebra de sigilo do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e alguns de seus ex-assessores.
Bolsonaro é chamado de "ex-cônjuge" de Ana Cristina Siqueira Valle quando promotores se referem a um imóvel cadastrado como endereço de dois ex-funcionários suspeitos de serem "fantasmas" do gabinete na Câmara Municipal.
O apartamento fica na Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro, e foi de propriedade do presidente e de sua ex-mulher Rogéria Bolsonaro entre 1997 e 2001, quando os dois se divorciaram. O imóvel se tornou propriedade de Rogéria depois disso.
Esses dois supostos "funcionários fantasmas" apresentaram também como endereço na Receita Federal e na Câmara Municipal outra casa que Bolsonaro comprou com Ana Cristina em 2002, na Barra da Tijuca (zona oeste), como mostrou o jornal Folha de S.Paulo.
Neste caso, os promotores afirmam apenas que o imóvel indicado foi adquirido por Ana Cristina, omitindo a propriedade também do presidente.
Bolsonaro não pode ser investigado pelo MP-RJ por ter foro especial no STF (Supremo Tribunal Federal).