O prefeito de Maceió, JHC, se reuniu nesta terça-feira (21) com os moradores dos Flexais de Cima e de Baixo, Quebradas e Marquês de Abrantes para ouvir a comunidade sobre o processo de isolamento socioeconômico na região de Bebedouro. As localidades ficaram ilhadas após os estabelecimentos comerciais e equipamentos públicos serem afetados com o afundamento do solo.
“Esse diálogo com os moradores é fundamental para que a Prefeitura esteja de ouvidos atentos. Toda a estruturação e acompanhamento já está sendo feito pela Defesa Civil de Maceió, mas para dar mais soluções precisamos ouvir a população. A nossa intenção é atender os pedidos das vítimas de acordo com o que já foi estruturado anteriormente. Esse é um tema complexo que envolve vários órgãos, mas que a gente precisa estar dialogando e a Prefeitura entra como um agente facilitador nesse processo”, explicou o prefeito.
Prefeito JHC construiu o diálogo com os moradores após uma solicitação das famílias para que houvesse uma rodada de conversa em Bebedouro. Fotos: Edvan Ferreira
Somente em Bebedouro, são aproximadamente 900 lotes e 2.700 famílias nas áreas de ilhamento socioeconômico. Nos cinco bairros, Pinheiro, Mutange, Bom Parto, Bebedouro e Parte do Farol, há cerca de 55 mil pessoas e 15 mil imóveis atingidos.
O presidente da Associação dos Moradores do Bebedouro, Augusto Cicero, expôs que o intuito do encontro foi para que a Prefeitura pudesse ouvir as demandas dos moradores e em seguida buscar a solução do problema.
“Quando nós fomos procurados pela Braskem, solicitamos que a empresa viesse ouvir os moradores. Devido à demora da empresa, nós procuramos a Prefeitura de Maceió, para que fosse feito esse evento, para que ouvissem os moradores que estão na área de isolamento. A maior parte foi realocada, mas algumas pessoas ainda continuam morando aqui. Sabemos que mais de 80% dos moradores querem a saída da localidade, até porque tudo que tínhamos no bairro foi embora, então a melhor opção é a realocação e inclusão no plano de compensação financeira”, contou Augusto.
Com o afundamento nos bairros, os moradores precisam ir a outros locais em busca de mantimentos e serviços. O problema já havia sido documentado pela Defesa Civil de Maceió, em um relatório encaminhado pelo GGI dos bairros. Depois de parecer do órgão municipal, o documento foi remetido ao Ministério Público Federal (MPF).
O vice-prefeito de Maceió, Ronaldo Lessa, afirmou que o papel principal da Prefeitura é cuidar da comunidade.
“Nós viemos aqui para ouvir vocês. O papel da Prefeitura não é só tapar buraco, não é só garantir transporte público, mas também cuidar da população. Nós estamos aqui para cuidar de vocês e fazer o enfrentamento necessário”, discursou Lessa.
Vice-prefeito Ronaldo Lessa e o procurador-geral de Justiça do Ministério Público Estadual, Márcio Roberto Tenório, também discursaram para os moradores e trataram sobre os danos causados pelo afundamento do solo nos bairros. Fotos: Edvan Ferreira
O procurador-geral de Justiça, Márcio Roberto Tenório de Albuquerque, que esteve presente na ação, afirmou que o Ministério Público de Alagoas (MP/AL) está à disposição dos moradores para qualquer demanda.
“A solução não é fácil, se fosse, não precisaríamos estar aqui. As portas do Ministério Público de Alagoas estão abertas para vocês. Nós vamos computar todos os danos, as perdas dos amigos, do convívio social, para dar a melhor solução para vocês”, disse
Moradores dos Flexais de Cima, de Baixo, Quebradas e Marquês de Abrantes estiveram presentes na Rodada de Conversa. Fotos: Edvan Ferreira