A estratégia do ministro foi explicada por ele em live junto chefe da Corte e do presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco, nesta 4ª feira (15.set.2021). Na ocasião, Guedes pediu socorro às duas autoridades.
Fux “brincou” que o ministro estava colocando em seu colo um filho que não era seu. “Paulo Guedes é tão amigo que coloca no meu colo um filho que não é meu”, disse Fux, aos risos. Segundo ele, o Judiciário tem o compromisso com a solução de problemas nacionais.
Fux avaliava a possibilidade de criação de um subteto para os precatórios por meio de uma resolução do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). Com as críticas de Jair Bolsonaro ao Supremo, o debate em torno dessa solução esfriou.
Segundo Guedes, uma saída para o pagamento de precatórios é essencial para dar um reajuste moderado ao programa Bolsa Família. “Como que eu reajo? Socorro ministro Fux. Socorro presidente Pacheco. Como eu posso manter minhas obrigações, como o aumento do Bolsa Família, que é absolutamente necessário — mesmo que modesto, não R$ 600, R$ 700, como querem fazer. Isso poderia ser lido como populismo”, afirmou.
Depois, Guedes entrou na brincadeira de Fux: “Meu pedido de socorro, muito mais do que qualquer outra coisa, ao presidente do Supremo é só um pedido desesperado de socorro, de forma alguma depositar um filho ou a responsabilidade no seu colo. É só que quando a gente está desesperado, a gente corre pedindo proteção aos presidentes dos Poderes, na plena confiança do amor ao Brasil de todos eles, capacidade intelectual e política”.