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11/09/2021 às 20h33min - Atualizada em 11/09/2021 às 20h33min

Em Maceió: Vereadores gastam mais de 100 milhões com assessores comissionados

Ocorre para cumprir os compromissos de campanha, dando emprego para aqueles que foram seus auxiliares no momento das eleições, ou contratando novos cabos eleitorais, pagos desavergonhadamente com dinheiro público

Por: Redação
Por Fernando CPI – Jornalista – Registro Profissional 2099/AL
Por: Reprodução
O favoritismo de parentes e apaniguados dos detentores do poder, sem a observância do concurso público que privilegia o sistema de mérito vem sendo adotado pela maioria dos vereadores de Maceió.

Durante o mandato dos vereadores, em uma continha rápida, detectamos que os edis gastarão mais de 100 milhões de reais dos cofres públicos pagando assessores sem concurso público.

É a brecha dos cargos comissionados com previsão constitucional, aqui não se fala da legalidade, mas da economicidade, princípio esse que rege a administração pública, que também encontra-se inserido na Carta Magna.

Para se ter uma ideia quase 80%(oitenta por cento) dos servidores da Câmara Municipal de Maceió é composta por assessores nomeados sem concurso público, perfazendo um total de mais de 500(quinhentos) computado os edis na conta, fora os terceirizados, é o cúmulo da falta de respeito com o erário.

Por aqui, nós lembramos que a situação de nepotismo estará caracterizada caso haja relação de subordinação hierárquica entre os agentes, independentemente do momento da investidura da autoridade política no cargo e da nomeação do agente público ao cargo em comissão ou da designação para função de confiança.

 
“Claramente, a não realização de concurso público para o preenchimento das vagas existentes nos quadros da Câmara, de acordo com o que geralmente acontece, ocorre para que os membros daquela casa de leis possam cumprir os compromissos de campanha, dando emprego para aqueles que foram seus auxiliares no momento das eleições, ou contratando novos cabos eleitorais, pagos desavergonhadamente com dinheiro público”, revelou Raudrin de Lima – Coordenador do Movimento Caras Pintadas. 
 
“imoral, ilegal, e ridículo, além de lesivo ao erário municipal”, disse Marcos Souza do Núcleo de Combate à Improbidade Administrativa, entidade da sociedade civil organizada.
 
“Os cargos comissionados demasiados, sem critérios técnicos, são o câncer do funcionalismo público no Brasil”, ressaltou Dêvis Klinger do NCIA.

Uma reunião extraordinária das entidades de controle social foi agendada para o mês de setembro, na pauta as investidas que serão ajuizadas para combater as mazelas existentes no parlamento mirim.


Por Fernando CPI – Jornalista – Registro Profissional 2099/AL

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