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05/09/2021 às 19h38min - Atualizada em 05/09/2021 às 19h38min

Talibã diz que Alemanha é bem-vinda no Afeganistão

dw.com
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© Hoshang Hashimi/AFP/Getty Images Zabihullah Mujahid disse ser uma pena alemães terem se aliado aos americanos
Porta-voz do grupo extremista disse ao jornal alemão Welt am Sonntag que talibãs querem manter relações "diplomáticas fortes e oficias" com o governo alemão e que buscam apoio financeiro e ajuda humanitária.
 

Em entrevista publicada neste domingo (05/09) pelo jornal alemão Welt am Sonntag, o porta-voz do Talibã Zabiullah Mujahid disse que o grupo militante agora no controle da maior parte do Afeganistão gostaria de manter relações diplomáticas com a Alemanha e receber apoio financeiro do país europeu.
 

"Queremos relações diplomáticas fortes e oficiais com a Alemanha", afirmou.

Mujahid afirmou, ainda, que os alemães sempre foram bem-vindos no Afeganistão e que sempre foram vistos como uma influência positiva no país asiático.

"Infelizmente, eles se juntaram aos americanos. Mas isso está perdoado agora", destacou Mujahid.

Além disso, segundo o jornal, o Talibã também busca com a Alemanha e outros países apoio financeiro, ajuda humanitária e cooperação em áreas como saúde, agricultura e educação.

Negociação com o Talibã

A Alemanha fechou sua embaixada em Cabul quando o Talibã assumiu o poder e realocou o embaixador Markus Potzel em Doha, no Catar, para manter conversações com o grupo extremista.

Após o fim da ocupação militar americana, Berlim espera alguém nível de cooperação do Talibã para tirar do país asiático cidadãos afegãos, sobretudo mulheres, defensores dos direitos humanos e pessoas que ajudaram a Alemanha nos últimos 20 anos.

O ministro das Relações Exteriores alemão, Heiko Maas, disse na semana passada que "se fosse politicamente possível e se a situação de segurança permitir", a Alemanha deveria ter novamente sua própria embaixada em Cabul.

No entanto, ele reforçou que ter a representação diplomática não significa o reconhecimento do governo Talibã.

Em agosto, a chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, admitiu que seria preciso dialogar com o Talibã para salvar vidas no Afeganistão.

le (reuters, epd, ots)


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